Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE METABÓLICA E DA SÍNTESE DE MEDIADORES INFLAMATÓRIOS EM CÉLULAS DE ADERNOCARCINOMA DE PULMÃO EXPOSTAS A PROTEÍNA SPYKE DO BETA-CORONAVÍRUS.

Introdução

Segundo as estimativas de 2020 do Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, o câncer de pulmão, é a terceira neoplasia maligna mais frequente em homens e a quarta em mulheres, excluindo os canceres de pele não melanoma. No mundo, o câncer de pulmão ocupa a primeira posição em incidência entre os homens e o terceiro entre as mulheres. No quesito mortalidade, é o câncer que mais mata os homens, apresentando uma taxa de 3,8% ao ano, já nas mulheres é o segundo tipo de câncer com maior letalidade, com uma taxa estimada de 2,3% ao ano. A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para o câncer de pulmão é de 15% para homens e 21% para mulheres. Os canceres de pulmão são divididos didaticamente entre carcinomas de células pequenas e carcinoma de células não pequenas. Dentre os carcinomas de células não pequenas temos o adenocarcinoma, o carcinoma de células escamosas e o carcinoma de grandes células. Dentre todos os tipos de canceres de pulmão o adenocarcinoma é o mais frequente. Tendo em vista a relevância epidemiológica do câncer de pulmão, fica evidente a necessidade de estudos que apontem possíveis vias terapêuticas para o desenvolvimento de medicação antineoplásicas.

Objetivo

Avaliar a interação biológica entre a proteína spike do beta-coronavírus e pneumocitos do tipo 2 de adenocarcinoma humano, que não expressam receptores ACE2, para verificação da atividade metabólica e inflamação celular.

Método

A proteína Spike recombinante foi produzida por meio de células HEK293 e purificada por cromatografia. Pneumócitos não expressores ACE2 de Adenocarcinoma (A549) foram plaqueados na concentração de 3 x 105 células/poço e incubados por 24h. Posterior foram expostos a proteína Spike nas concentrações de 1, 5, 10 e 15 mcg por 24h. Após contato o sobrenadante foi encaminhado ao teste de óxido nítrico e as células submetidas a avaliação da atividade metabólica (MTT).

Resultados

Ambas as concentrações da proteína não proveram atividade inflamatória, observada pela ausência da produção de óxido nítrico. A atividade metabólica foi afetada, obtendo reduções de 5%; 15,8%; 24,1% e 34,2% da viabilidade respectivamente.

Conclusão

A proteína Spike não promoveu atividade inflamatória, todavia acarretou danos metabólicos aos pneumócitos de adenocarcinoma humano, sugerindo a existência de uma via de lesão celular ainda não descrita na literatura. Mais estudos se fazem necessário para viabilizar a proteína Spike como medicação antitumoral.

Palavras-chave

Adenocarcinoma pulmonar, Spike, Coronavírus

Área

Biologia tumoral

Autores

DIEGO GARCIA MIRANDA, LUCAS DE PAULA RAMOS, MARIA CRISTINA MARTINS ALVARENGA, LEDA DOS REIS CASTILHO, LUCIANE DIAS OLIVEIRA